O Corpo de Jesus

Sobre o Livro “Os Quatro Evangelhos”

Quatro Evangelhos (Os) – Vol. 1

  • O corpo fluídico de Jesus – Os elementos que o compunham.
  • A genealogia do Governador Espiritual da Terra.
  • A origem do Espírito – A evolução em linha reta.
  • A maternidade de Maria – A nobre missão.
  • A primeira encarnação do Espírito – O porquê da reencarnação.
  • A mais completa interpretação dos Evangelhos, capítulo a capítulo, versículo a versículo.
  • As verdades evangélicas à luz da Doutrina Espírita.

Conceito

Os Quatro Evangelhos de Roustaing, não é de Roustaing, é mediúnico, pois Roustaing, de si mesmo, nada ensinou, nem foi autor de qualquer doutrina.

“Espíritas amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; São de origem humana os erros que nele se enraizaram”. (ESE – O Espírito da Verdade, Paris, 1860.

Os Espíritas que aceitam o amai-vos como o primeiro ensinamento do Espírito da Verdade, não contestarão a legitimidade do estudo e da divulgação da obra de Roustaing; E os que obedecem também ao segundo, instrui-vos, não lhe recusarão o mérito.

O Espiritismo não é uma doutrina individual, ninguém pode dizer que foi seu criador; é o produto de ensinamento coletivo dos Espíritos.

As obras básicas de Allan Kardec, por si só, não contemplam toda a verdade sobre o espiritismo, conforme o próprio Allan Kardec afirma; ao seu trabalho parcial e incompleto é que se deu o nome de Espiritismo.

Allan Kardec, que legou ao mundo o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, sob a orientação e com a colaboração dos Espíritos Superiores, não se pronunciou, a respeito da totalidade dos textos evangélicos, detendo-se, como ele próprio o advertira, tão-só nos ensinos morais, incontroversos, fundamentais para a vivência do Cristianismo e a transformação moral dos homens.

Nos afirma Áureo, no Livro Universo e Vida, que o apostolo Tomé retornou como Allan Kardec e profeta Maomé retornou como Roustaing.

“Estou convosco e meu apóstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim de serdes os artífices da vossa imortalidade”. (ESE – O Espírito de Verdade, Paris, 1861).

A Doutrina Espírita é mediúnica e foi codificada em duas partes, com a missão determinada no Plano Espiritual, Allan Kardec e Roustaing encarnaram na França na mesma época, se conheceram, foram amigos.

Coube a Allan Kardec introduzir a ideia espírita numa época em que os preconceitos religiosos eram ferozes e a intolerância não cedia diante de qualquer argumento sensato.

Coube a Roustaing a interpretação dos Evangelhos, organizar o trabalho da fé e o aspecto religioso do Espiritismo depois que a opinião geral estivesse familiarizada com a ideia espírita.

Autoridade de Roustaing

  • Luis Olímpico Teles de Menezes

O fundador da primeira Sociedade espírita do País, em 1865, e do primeiro periódico espírita brasileiro, em 1869, foi quem introduziu no Brasil o estudo da importante publicação do Francês, Jean-Baptiste Roustaing, em 1870.

  • Adolfo Bezerra de Menezes

O grande apóstolo do Espiritismo em nossa pátria, lendo e verificando a magnitude dos assuntos dela constantes, determinou fosse a mesma estudada ao lado das obras codificadas por Allan Kardec, e a ela se referiu, é “Obra Sagrada”.

  • Federação Espírita Brasileira

Virtualmente desde o início de suas atividades, em 1884, empreendeu o estudo e a divulgação da obra “Os Quatros Evangelhos”, estudo que leva a efeito em razão do que se acha consubstanciado nos estatutos. Mas os homens são apenas instrumentos da Misericórdia e da sabedoria Divinas, intermediários do pensamento dos Espíritos porquanto a Doutrina é dos Espíritos, o mérito lhes pertence de direito. Roustaing é o complemento de Allan Kardec, ele é a organização do trabalho da fé, a Revelação da Revelação, a parte que se refere aos Evangelhos, e ao Poder, Glória e Natureza Espiritual de Jesus.

  • HUMBERTO DE CAMPOS

 “Mal não haviam terminado as atividades bélicas da triste missão de Bonaparte e já o espaço se movimentava, no sentido de renovar os surtos de progresso das coletividades. Assembleias espirituais, reunindo os gênios inspiradores de todas as pátrias do orbe, eram levadas a efeito, nas luzes do infinito, para a designação de missionários das novas revelações. Em uma de tais assembleias, presidida pelo coração misericordioso e augusto do Cordeiro, fora destacado um dos grandes discípulos do Senhor, para vir à Terra com a tarefa de organizar e compilar ensinamentos que seriam revelados, oferecendo um método de observação a todos os estudiosos do tempo. Foi assim que Allan Kardec, a 3 de outubro de 1804, via a luz da atmosfera terrestre, na cidade de Lião. Segundo os planos de trabalho do mundo invisível, o grande missionário, no seu maravilhoso esforço de síntese, contaria com a cooperação de uma plêiade de auxiliares da sua obra, designados particularmente para coadjuvá-lo, nas individualidades de João-Batista Roustaing, que organizaria o trabalho da fé; de Léon Denis, que efetuaria o desdobramento filosófico; de Gabriel Delanne, que apresentaria a estrada científica e de Camille Flammarion, que abriria a cortina dos mundos, desenhando as maravilhas das paisagens celestes, cooperando assim na codificação kardequiana no Velho Mundo e dilatando-a com os necessários complementos”. (Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho – Psicografia de Chico Xavier).

Livros que citam que o corpo de Jesus foi “materializado”

  • BITTENCOURT SAMPAIO

 “Como espírito puríssimo e sem mácula, desde séculos e séculos, era-lhe impossível encarnar em um corpo tão grosseiro como o nosso, porque, desligado completamente da matéria, seu perispírito não poderia sujeitar-se a semelhante prisão… Jesus, portanto, não teve um corpo material como o nosso, não encarnou no ventre da Virgem Maria; teve apenas a forma humana aparente, necessária e indispensável ao cumprimento de sua missão na Terra”. (A divina epopeia, 4. ed., p. 197-198)

  • ANTÔNIO LUIZ SAYÃO

 “Jesus apareceu na Terra, é verdade, mas com um corpo fluídico, de natureza perispirítica visível e tangível, sob a aparência da corporeidade humana, por efeito de incorporação, segundo as leis dos homens superiores. […] foi uma aparição espírita tangível, tão perfeita que dava a impressão de ser Ele um homem como os demais, conforme o exigia a natureza da sua missão”. (Elucidações evangélicas, 14. ed. p. 63,64, 80)

  • EMMANUEL

“Os homens devem saber que o missionário Divino não viveu a mesma lama de suas existências de inquietações e de amargura”. (Antonio Lima, Vida de Jesus, 4. ed., p. 16)

“[…] com exceção de Jesus Cristo, fundamento de toda a verdade neste mundo, cuja evolução se verificou em linha reta para Deus, e em cujas mãos angélicas repousa e governo espiritual do planeta…” (O consolador, 17. Ed., perg. 143)

  • B. ROUSTAING

 “Jesus houvera podido, unicamente por ato exclusivo da sua vontade, atraindo a si os fluidos ambientes necessários, constituir o perispírito ou corpo fluídico tangível que vestiu para surgir no vosso mundo sob o aspecto de uma criancinha”. (Os Quatro Evangelhos, vol. 1, 8. ed.,p. 161).

  • IRMÃO ÁUREO:

 No seio excelso do Criador Incriado, nos cimos da evolução, pontificam os Cristos Divinos, os Devas Arcangélicos, cuja sublime glória e soberano poder superam tudo quanto de magnificente e formidável possa imaginar, por enquanto, a mente humana. São eles que, sob a inspiração do Grande Arquiteto do Universo, presidem, no infinito, à construção, ao desenvolvimento e à desintegração dos orbes, fixando-lhes as rotas, as leis fisioquímicas e bio-matemáticas e  gerindo seus destinos e os de seus habitantes. Os Cristos, Espíritos  Puríssimos, não encarnam. Não têm mais nenhuma afinidade essencial com qualquer tipo de matéria, que é o mais baixo estágio da energia universal. Para eles, matéria é lama fecunda, que não desprezam, sobre a qual  indiretamente trabalham através dos seus prepostos, na sublime mordomia da Vida, mas coisa com que não podem  associar-se contextualmente, muito menos em íntimas ligações genéticas. Eles podem ir a qualquer parte dos Universos e atuar onde lhes ordene a Vontade Todo Poderosa de Deus Pai: podem mesmo mostrar-se visualmente, por imenso sacrifico de amor, a seres inferiores e materializados, indo até ao extremo de submeter-se ao quase-aniquilamento de tangibilizar-se à vista e ao tato de habitantes de mundos  inferiores, como a Terra: Mas não podem encarnar, ligar-se biologicamente a um ovo de organismo animal, em processo absolutamente incompatível com a sua natureza e tecnicamente irrealizável. A possibilidade de violentação das leis naturais é relativa e não chega até o ponto de permitir que um organismo celular de matéria densa resista, sem desintegrar-se instantaneamente, à mais abrandada vibração bio eletromagnética de Espírito Crístico. Se é impraticável a um Espírito humano, inteligente  e dotado de consciência, encarnar em corpo de irracional, por completa impossibilidade biológica de  assimilação mútua entre a matriz perispirítica e o  óvulo animal de outra espécie, para não falarmos também das impossibilidades psíquicas  de semelhante absurdo de retrogradação evolutiva, muito menos  poderia um Cristo encarnar em corpo humano terrícola. A distância evolucionária que separa um orangotango de um homem terrestre é bem menor que aquela que medeia entre um ser humano terrestre e um Cristo Divino. Para apresentar-se visível e tangível na superfície da crosta terráquea, teve o Cristo Planetário de aceitar voluntariamente intraduzível tortura cósmica, indizível e imensa, ainda que quase de todo inabordável ao entendimento humano. Primeiro, obrigou-se à necessidade de abdicar, por espaço de tempo que para nós seria longuíssimo, da sua normal ilimitação de Espírito Cósmico e ao seu trono no Sol, sede do Sistema, transferindo-se do centro estelar para a fotosfera, onde lhe foi possível o primeiro e doloroso mergulho na matéria, através do revestimento consciente do seu mentespírito com um tecido energético de fótons. Depois, teve de imergir no próprio bojo do  planeta Terra, em cuja ionosfera utilizou vastos potenciais eletromagnéticos para transformar seu manto fotônico em léptons e em quarks formadores de mésons e de bárions, estruturando átomos ionizados. Finalmente, concluindo a dolorosíssima operação de tangibilidade, revestiu esse corpo iônico com delicadíssima túnica molecular, estruturada à base de ectoplasma, combinado com células vegetais, recolhidas principalmente (como já captou a intuição humana) de vinhedos e trigais. (O Filho do Homem – Áureo, Universo e Vida).

Desaparecimento do Corpo de Jesus

O desaparecimento do corpo de Jesus após sua morte há sido objeto de inúmeros comentários. Atestam-no os quatro evangelistas, baseados nas narrativas das mulheres que foram ao sepulcro no terceiro dia depois da crucificação e lá não o encontraram. Viram alguns, nesse desaparecimento, um fato milagroso, atribuindo-o outros a uma subtração clandestina. Segundo outra opinião, Jesus não teria tido um corpo carnal, mas apenas um corpo fluídico; não teria sido, em toda a sua vida, mais do que uma aparição tangível; numa palavra: uma espécie de agênere. Seu nascimento, sua morte e todos os atos materiais de sua vida teriam sido apenas aparentes. Assim foi que, dizem, seu corpo, voltado ao estado fluídico, pode desaparecer do sepulcro e com esse mesmo corpo é que ele se teria mostrado depois de sua morte. É fora de dúvida que semelhante fato não se pode considerar radicalmente impossível, dentro do que hoje se sabe acerca das propriedades dos fluidos; mas, seria, pelo menos, inteiramente excepcional e em formal oposição ao caráter dos agêneres. (Cap. XIV, nº 36.) Trata-se, pois, de saber se tal hipótese é admissível, se os fatos a confirmam ou contradizem. (A Gênese, cap. XV – Allan Kardec)

Allan Kardec não conheceu materializações de espíritos, as experiências de materializações começaram apenas em 1870, com William Crookes, e Allan Kardec desencarnou em 1869.

Jesus não tinha Parentes

José foi o pai adotivo de Jesus, porque ele não teve relações com Maria, e ela estava virgem e grávida ao se ajuntarem.

Espírito Santo indica os protetores da humanidade, são eles os espíritos puros, os espíritos superiores e os bons espíritos.

Jesus que tanto ensinou honrar pai e mãe nunca chamou Maria de mãe e sim de mulher, é só observar nas passagens.

Exemplos:

Nas bodas de Caná, quando ela foi pedir ajuda pela falta de vinho ele perguntou: Mulher, que eu tenho contigo – Na cruz ele diz: Mulher eis aí teu filho, indicando João.

Paulo na carta aos Hebreus disse que Jesus era como Melquisedeque, sem Pai, sem Mãe, sem genealogia, sem princípio de seus dias, nem fim de sua vida.

Em um diálogo do Novo Testamento Jesus se exclui, sendo ele maior que todos: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista; todavia, o menor no reino dos céus é maior do que ele. Mateus 11:11

Jesus tinha o poder de ficar invisível: Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou. (João 8:59).

Jesus teve um corpo como o nosso pela forma, mas não pela natureza; teve um Corpo Fluídico, como tomam os anjos (espíritos puros) quando descem ao nosso mundo.

Conclusão: O Corpo de Jesus era fluídico

Jesus não era humano, era um agênere; uma perfeita aparição tangível que fazia e desfazia o seu corpo quando queria.

Ele não estava sujeito a nenhuma das necessidades da vida humana, estava figuradamente encarnado, com aparente vida humana.

Ele tinha um corpo próprio de certos mundos elevados, um corpo fluídico capaz de tangibilidade prolongada.

O perispírito que serviu de corpo visível e tangível, não era mais do que uma veste, foi a mais perfeita e importante materialização de espírito. O corpo de Jesus não era de carne.